04 agosto 2011

Era uma vez...

... uma miúda de 16 anos, com um namorado 5* mas que se apaixona perdidamente por alguém que não conhece de lado nenhum. Depois de muito procurar esse alguém, acaba por o encontrar e descobrir que tem namorada e é 7 anos mais velho que ela. Não desistiu. Esperou o tempo que foi preciso e entre diversas histórias e aventuras lá conseguiu o que queria, uma espécie de romance com ele. Este, durou uns 2 anos e sem ninguém saber. Mas não era nada certo, tanto estavam como não estavam. Ela era uma miúda e ele um adulto, e ela sentia-se completamente vitoriosa. Depois houve um tempo em que se separaram mas logo a seguir ela decidiu que queria que tudo aquilo se tornasse realmente sério (sim, porque esse alguém disse á miúda que certamente antes dos 18 não teriam nada sério porque ela era menor) e decidiu falar com ele e começaram a namorar... ela com 17 e ele com 24. Contra tudo e todos a miúda lá conseguiu que os pais aceitassem minimamente e lá começou a viver o seu conto de fadas... ou não. O seu principe encantado com quem sempre sonhou e por quem moveu mundos e fundos para ficar afastava-a completamente dos amigos, das rotinas dela e da familia. A sua vida era basicamente há noite e com os amigos dele uns bons anos mais velhos que ele (ou seja muitoooo mais velhos que a miúda). Com o tempo ela foi deixando de falar e estar com os amigos de sempre, foi rotulada como a que nunca aparece em lado nenhum desde que namora e ia sempre sozinha ás festas de familia. Ela não tinha bem noção do que estava a fazer, de tudo que estava a abdicar por aquele alguém, achava que o importante era estar com quem amava. Esse alguém tinha atitudes erradas, achava que por ser mais velho tinha sempre razão e sabia tudo o que era melhor. Acusava a miúda de ser uma menina da aldeia e de não ser como a namorada dos amigos. Ele não percebia que a miúda era apenas alguém com atitudes próprias da idade e sempre a tentar agrada-lo deixando toda a sua vida para trás. Conclusão: todo este romance durou uns quatros anos até a miúda num impto de tristeza acabar com tudo aquilo.
 E hoje com 21 anos posso dizer que infelizmente aquela miúda era eu. Infelizmente, porque hoje não tenho nenhum daqueles amigos porque outrora lhes virei as costas para viver escondida daquilo que aquele alguém tão especial achava anormal. Hoje percebo que o anormal era ele e que me tornou igualmente numa anormal. Sem amigos, fechada em casa, sem ter ninguém que se lembre de que existo. Sou agora uma pessoa fria, racional e insensivel. Sou agora o resultado de quatro anos de repressões e "pancada" a toda a hora. Sou agora alguém que deixou tudo para trás, por nada. Sou agora alguém que sente que não tem nada.
Era uma vez uma miúda feliz que agora é uma mulher infeliz!

4 comentários:

  1. Uma mulher infeliz mas com apenas 21 anos que ainda tem muito para dar e conquistar. Força Serena, só dependes de ti para mudar a tua vida, acredita. *

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  2. Olá querida, bem postei o comentário que te ía fazer noutro blog :P Só me acontece a mim.

    Bem em relação ao teu post tenho-te a dizer que estou triste... Mesmo triste em relação ao que contas.
    Queres um conselho de ALGUÉM (que provavelmente não significa NINGUÉM)? CAGA (C-A-G-A com todas as letras) nesse alguém que é um infeliz, não passa mesmo disso, e sê tu feliz.
    A vida são dois dias e tu tens mais é de virar a cara à merda e viver intensamente que é para ele ver quem manda.

    (DESCULPA a linguagem mas estou revoltada)

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  3. Ainda és novinha e, felizmente, tens muito tempo para recompor tudo isso. Pode levar o seu tempo, mas vais ver que não tarda nada olhas para trás e tudo não passará de uma vaga lembrança. Força :)

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